quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

NAZISMO X DEMOCRACIA

Estamos vivendo um retrocesso na nossa história, pois, aquilo que achávamos coisa do passado, fatos revolvidos devido suas atrocidades – estão a cada dia – se mostrando mais atuais e as evidencias nos mostram que, esse assunto nunca foi resolvido nas entranhas da sociedade.
O nazismo teve seu nascimento e alimento na Segunda Guerra Mundial que, aliás, deveria mudar sua nomenclatura para: “A Segunda Vergonha Mundial” pois, além do mundo assistir a disputa pelo poder de poucos poderosos, assistimos ainda, o dizimar de populações inteiras pelo nazismo.
Nazismo, uma ideologia calcada sobre o racismo que, ambicionava sua glória na purificação das raças. Pois bem, a geração passada assistiu o holocausto, a morte de Hitler e o fim da “Segunda Vergonha Mundial” e aí – assistiu-se a caça aos nazistas, a promulgação de Leis para punição dos crimes de guerra, enfim, ações dos governos na tentativa de acabar e coibir tais ações.
Contudo, hoje no século XXI, convivemos com grupos que se dizem descendentes da ideologia hitlerista. Esses grupos têm crescido e se ramificado pelo mundo e se instalado aqui no Brasil. Vemos todos os dias através da imprensa sobre as ações terroristas desses grupos por vários pontos do nosso país. No último sábado dia 19/02/2011 entre 16h00 e 17h00 no município de Osasco/São Paulo, assistimos mais um ataque nazi – facista, e temos informações que esta não é a primeira ocorrência desse tipo na cidade. Quatro jovens foram atacados por um grupo que autodenominavam “White Power” ou poder branco. O grupo investiu sobre os jovens com garrafadas e facas, ameaçando os mesmo de morte, usando de palavras com conteúdo racista, tais como: “É o White Power seus pretos filhas da p*** vocês vão morrer.” Os jovens fugiram com a ajuda da população local, a polícia foi acionada e três dos quatro indivíduos foram presos em flagrante.
Porém, até quando? Pois, um dos indivíduos mesmo algemado dentro da Delegacia de Policia zombou dos jovens, alegando que era filho de policial, portanto, não ficariam presos. Sabemos que, infelizmente ainda convivemos com uma justiça para poucos, de acordo com interesses envolvidos.
Então, as perguntas são: - Até quando teremos que conviver com a discriminação racial?
- Até quando veremos o nosso povo menos favorecido ver seus direitos desrespeitados?
Vivemos em um país democrático e que, nesse e em outras situações a Democracia não é válida para todos e sim para uma minoria burguesa.
No artigo 5º da Constituição brasileira temos:
Todos são iguais perante a Lei e ninguém é obrigada a realizar qualquer ato, salvo por força da Lei.
Então, fica mais uma pergunta para você leitor. Se uns dos preceitos da nossa Constituição é a igualdade porque tanta desigualdade e racismo?


Débora Dias
Coordenadoria da Mulher e Promoção da Igualdade Racial

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Brincar De Viver Guilherme Arantes Composição: Jon Lucien / Guilherme Arantes

Quem me chamou?
Quem vai querer
Voltar pro ninho
Redescobrir seu lugar...
Prá retornar
E enfrentar o dia-a-dia
Reaprender a sonhar...
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde "sim"
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo
Diz "não"...
Você verá
Que a emoção começa agora
Agora é brincar de viver...
Não esquecer
Ninguém é o centro do universo
Assim é maior o prazer..
Você verá que é mesmo assim
Que a história não tem fim
Continua sempre que você
Responde "sim"
A sua imaginação
A arte de sorrir
Cada vez que o mundo
Diz "não"...
E eu desejo amar
A todos que eu cruzar
Pelo meu caminho
Como eu sou feliz
Eu quero ver feliz
Quem andar comigo...
Vem!
Agora é brincar de viver!
Agora é brincar de viver!

sábado, 23 de outubro de 2010

Da Lama ao Caos Chico Science Composição: Chico Science & Nação Zumbi

Posso sair daqui pra me organizar (x2)
Posso sair daqui pra me desorganizar

Da lama ao caos, do caos a lama (x2)
o homem roubado nunca se engana

O sol queimou, queimou a lama do rio
Eu vi um chié andando devagar
E um aratú pra lá e pra cá
E um caranguejo andando pro sul
Saiu do mangue e virou gabiru
Ô Josué eu nunca vi tamanha desgraça
Quanto mais miséria tem, mais urubu ameaça
Peguei um balaio fui na feira roubar tomate e cenoura
Ia passando uma véia e pegou as minhas cenouras
"Aê minha véia deixa as minhas cenouras aqui
e Com a barriga vazia eu não consigo dormir"
E com o bucho mais cheio comecei a pensar
Que eu me organizando posso me organizar
Que eu desorganizando posso me desorganizar
Que eu me organizando posso me organizar

Da lama ao caos, do caos a lama
o homem roubado nunca se engana
Da lama ao caos, do caos a lama
o homem roubado nunca se engana

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

12 de outubro - Nossa Senhora da Conceição Aparecida

No dia 12 de outubro, comemoram-se três datas, embora poucos lembrem-se de
todas elas: Nossa Senhora Aparecida, padroeira oficial do Brasil, o Dia das Crianças e o Descobrimento da América. Nosso feriado nacional, no entanto, deve-se somente à primeira data, e, embora a devoção à santa remonte aos idos do século XVIII, só foi decretado em 1980.

Há duas fontes sobre o achado da imagem, que se encontram no Arquivo da Cúria Metropolitana de Aparecida e no Arquivo Romano da Companhia de Jesus, em Roma.

Segundo estas fontes, em 1717 os pescadores Domingos Martins García, João Alves e Filipe Pedroso pescavam no rio Paraíba, na época chamado de rio Itaguaçu. Ou melhor, tentavam pescar, pois toda vez que jogavam a rede, ela voltava vazia, até que lhes trouxe a imagem de uma santa, sem a cabeça. Jogando a rede uma vez mais, um pouco abaixo do ponto onde haviam pescado a santa, pescaram, desta vez, a cabeça que faltava à imagem e as redes, até então vazias, passaram a voltar ao barco repletas de peixes. Esse é considerado o primeiro milagre da santa. Eles limparam a imagem apanhada no rio e notaram que se tratava da imagem de Nossa Senhora da Conceição, de cor escura.

Durante os próximos 15 anos, a imagem permaneceu com a família de Felipe
Pedroso, um dos pescadores, e passou a ser alvo das orações de toda a comunidade. A devoção cresceu à medida que a fama dos milagres realizados pela santa se espalhava. A família construiu um oratório, que, logo constatou-se, era pequeno para abrigar os fiéis que chegavam em número cada vez maior. Em meados de 1734, o vigário de Guaratinguetá mandou construir uma capela no alto do Morro dos Coqueiros para abrigar a imagem da santa e receber seus fiéis. A imagem passou a ser chamada de Aparecida e deu origem à cidade de mesmo nome

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Canto Das Três Raças Clara Nunes Composição: Mauro Duarte e Paulo César Pinheiro

Ninguém ouviu
Um soluçar de dor
No canto do Brasil
Um lamento triste
Sempre ecoou
Desde que o índio guerreiro
Foi pro cativeiro
E de lá cantou
Negro entoou
Um canto de revolta pelos ares
No Quilombo dos Palmares
Onde se refugiou
Fora a luta dos Inconfidentes
Pela quebra das correntes
Nada adiantou
E de guerra em paz
De paz em guerra
Todo o povo dessa terra
Quando pode cantar
Canta de dor
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
ô, ô, ô, ô, ô, ô
E ecoa noite e dia
É ensurdecedor
Ai, mas que agonia
O canto do trabalhador
Esse canto que devia
Ser um canto de alegria
Soa apenas
Como um soluçar de dor

domingo, 26 de setembro de 2010

Canário do Reino

Monica Salmaso
Composição: Carvalho / Zapatta

Não precisa de dinheiro
Pra se ouvir meu canto
Eu sou canário do reino
E canto em qualquer lugar
Em qualquer rua de qualquer cidade
Em qualquer praça de qualquer país
Levo o meu canto puro e verdadeiro
Eu quero que o mundo inteiro
Se sinta feliz
Cau ê, cau á
Não precisa de dinheiro pra me ouvir cantar
Cau ê, cau á
Sou canário do reino, canto em qualquer lugar

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Valsinha - Monica Salmaso

Um dia ele chegou tão diferente
Do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente
Do que sempre costumava olhar
A não maldisse a própria vida tanto quanto
Era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto
Pra seu grande espanto
Convidou-a pra rodar
Então ela se fez bonita
Como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado
Cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços
Como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça
Foram para a praça
E começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança
Que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade
Que toda a cidade, enfim, se iluminou
E foram tantos beijos loucos
Tantos gritos roucos
Como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu em paz